Cultura de corrida com CANYON/SRAM Racing

Enquanto a CANYON/SRAM Racing se prepara para competir no Tour de France Femmes a bordo da nova Canyon Aeroad, sentámo-nos com dois dos principais colaboradores da equipa para compreender como a cultura de velocidade é avançada dentro da equipa e como a relação de trabalho entre a equipa e o fabricante da bicicleta leva a bicicletas melhores e mais rápidas, incluindo com a nova Aeroad .

Tudo começa com essa pergunta. E para vencer, temos de ser mais rápidos do que todos os outros, então como fazemos isso? Olhamos para todos os aspetos das corridas. Do desempenho do ciclista à aerodinâmica do atleta e aos mais ínfimos detalhes da bicicleta. Quadro, sistema de rodas, etc.

Fazemos muitos testes e cálculos para ter o equipamento mais rápido por baixo de nós para conseguir a máxima velocidade na bicicleta. Analisamos como é o perfil geral de uma etapa. Qual é o número de quilómetros “mais lentos” e “mais rápidos” e qual será o ganho de tempo geral com o equipamento, com base na aerodinâmica da própria bicicleta.

Como ciclista, trata-se de chegar lá o melhor que puderes: boa nutrição, dormir bem, aprender o percurso, conhecer os outros ciclistas na linha de partida. Digo aos meus ciclistas: depois de teres feito o máximo que podes para ser o melhor que podes ser nesse dia específico, então metade da batalha está feita. A partir desse momento, é apenas corridas de bicicleta. Existem muitas variáveis. Desde que tenhas essa mentalidade de estar melhor preparado na linha de partida, o resultado é o que é.

Aproveita as oportunidades quando elas surgirem e nunca recues. Queremos sempre desafiar-nos a nós mesmos e a todos à nossa volta. Ainda acho que um “medo de falha” é algo que existe nos ciclistas. Por isso, o meu trabalho é criar um ambiente onde, desde que um ciclista dê 100% do que tem, não possa falhar.

Estes são dois dias claros que se destacam como exemplos em que os nossos ciclistas não se questionaram a si mesmos nem nada à sua volta. Uma foi Antonia Niedermaier no Giro, a outra foi Ricarda Bauernfeind no Tour. Ambas foram movimentos ligeiramente oportunistas, tiveram de ter as pernas e ser capazes, mas correram o risco de sair pela frente e ver o que acontece, e então conseguir… realmente impressionante.

Canyon//SRAM Racing gravou um capítulo lendário na história do ciclismo no Tour de France Femmes 2024, graças ao incrível desempenho de Kasia Niewiadoma. Esta corrida não foi apenas um teste de resistência, foi uma demonstração de pura força de vontade, estratégia extremamente precisa e a busca inflexível da perfeição da nossa equipa, desde as fases iniciais de preparação até à precisão do nosso equipamento.

O triunfo de Kasia no Tour de France Femmes foi simplesmente espetacular. Conseguiu a classificação geral pela margem mais baixa alguma vez registada, apenas 4 segundos, tornando-a a vitória mais estreita na história do Tour, tanto em eventos masculinos como femininos. Esta vitória não foi apenas uma vitória; foi o resultado de inúmeras horas de dedicação, uma crença inabalável na filosofia da equipa de “agressividade de corrida” e um compromisso destemido de nunca recuar.

Descobre como o engenheiro Canyon Lukas Birr trabalhou com mecânicos do WorldTour como o Jochen Lamade da CANYON/SRAM para desenvolver melhorias para a nova Aeroad. 

Por trás de cada Canyon está uma busca incessante de velocidade, conforto e desempenho. Cada geração da Aeroad foi construída desta forma e o novo modelo foi o mesmo.

Lukas Birr é engenheiro líder para a Aeroad e a sua missão de garantir que os atletas profissionais da Canyon têm a bicicleta de estrada mais rápida do mundo não é simples.

“O material que fornecemos é o material de trabalho diário dos atletas”, diz. “Se tivesse um computador que não funcionasse tão bem, também estaria a exigir isso. Então, com esta Aeroad, mais do que qualquer outra bicicleta Canyon antes, fomos buscar a contribuição ativa das nossas equipas e ciclistas do WorldTour para descobrir os seus pensamentos.”

Na corrida de tecnologia constante do UCI WorldTour, qualquer coisa a menos do que a Canyon padrão estabeleceu no passado pode comprometer o desempenho. Para ajudar a manter-se à frente da curva, Lukas tem um contacto direto com o pessoal de todas as equipas WorldTour que a Canyon patrocina, e um desses contactos é o mecânico da CANYON // SRAM Racing, Jochen Lamade.

“Trabalho em estreita colaboração com a Canyon para garantir que temos os melhores materiais para os nossos ciclistas”, diz Jochen. “Não sou um engenheiro, apenas um mecânico que está a trabalhar na bicicleta quase todos os dias, mas penso que após anos a fazer isto tenho uma boa sensação do que funciona e do que não funciona.”

É esta relação dia após dia com as bicicletas, que estão a ser levadas aos seus limites absolutos em cada corrida, que torna Jochen um contacto tão valioso para Lukas compreender o que precisa de melhorar e como podem melhor fazê-lo.

“Jochen é um dos maiores ativos que temos [para a equipa de engenharia]. Ele é incrivelmente experiente. Por natureza, é um personagem criativo e realmente quer melhorar-nos e tornar a sua vida melhor, então ele vê a vantagem de trabalhar em estreita colaboração connosco.”

Jochen está satisfeito com o fluxo de comunicação: “Estamos em contacto constante uns com os outros, para comunicar o que sinto, o que vejo quando trabalho com a bicicleta. E enviam-me tudo o que preciso, novos materiais, etc. É uma relação perfeita: Eu confio neles e eles dependem de mim.”

Jochen também desempenhou o seu pr��prio papel no desenvolvimento da nova Aeroad. Lukas passou alguns dias com ele no Curso de Serviço de Corridas CANYON/SRAM em Leipzig, interrogando-o sobre ideias para melhorar a bicicleta. Uma inovação pequena, mas útil, que Jochen sugeriu foi a inclusão de extremidades de borracha substituíveis nas forquetas dianteiras para evitar arranhões desagradáveis quando a bicicleta é colocada num descanso ou num suporte sem uma roda dianteira.

Esta viagem a Leipzig foi uma das várias incursões “no terreno” que Lukas fez para desenvolver esta Aeroad de quarta geração. “Fui a corridas para observar e analisar a bicicleta em ação, aos cursos de serviços das equipas e falei com todos o mais possível. E na sede da Canyon, todos são “engenheiros”! As pessoas têm sempre ideias, por isso tenho sempre o meu caderno comigo e anoto pequenos esboços. Tudo isto faz parte da jornada.”

Quanto ao produto final, a quarta geração da Aeroad, Jochen acredita que com a bicicleta estamos a atingir o objetivo final no “jogo de watts” que o ciclismo profissional se tornou: “É sempre uma luta entre aerodinâmica, que está a ficar cada vez mais interessante, porque queres sempre conseguir menos watts para mais velocidade e atingir o limite de peso definido pela UCI, 6,8 kg.”

“Há alguns anos, ajustámos as bicicletas até esse limite, mas depois chegaram os travões de disco e, por isso, as bicicletas eram mais pesadas. Com os seus desenvolvimentos e inovações, a nova Aeroad está de volta ao limite, mesmo com a sua configuração e pedais completos. Acho que isso é incrível.”